A missão Juno, organizada pela NASA, está a preparar-se para ganhar balanço a partir da Terra e partir em direção a Júpiter, acelerando a 25 milhas por segundo e tornando-se no objeto mais rápido de sempre feito pelo Homem.
Só para lhe dar um termo de comparação, uma bala viaja a cerca de meia milha por segundo, tornando a Juno 50 vezes mais rápida do que um projétil.
“A missão é muito excitante. Nunca estivemos tão perto de Júpiter, vamos estar a poucos milhares de milhas das nuvens do planeta”, disse o cientista Bill Kurth, da Universidade do Iowa (Estados Unidos). A instituição, que foi responsável por criar uma das ferramentas incluídas na Juno, espera aprender mais sobre o nosso sistema solar e a sua evolução ao estudar Júpiter.
Quando a missão avaliada em 1,1 mil milhões de dólares arrancou em agosto de 2011, os cientistas tentaram utilizar a técnica da força primeiro, confiando nas capacidades do foguete Atlas V, um dos mais poderosos do mundo. A ideia era disparar a nave em direção a Júpiter com a propulsão do foguete, mas o Atlas nunca teria tido força suficiente para fazer a Juno chegar ao maior planeta do sistema solar, concluíram os cientistas.
Por isso, a equipa decidiu usar outra técnica que se apoia na gravidade da Terra para dar impulso à nave. O nosso planeta funciona como uma arma e a Juno é a bala. A nave já foi lançada e espera-se que se tenha situado a 350 milhas da Terra durante esta quarta-feira (9).